sábado, 30 de abril de 2011

A prefeitura de Fortaleza e o movimento dos conservadores


por Joaquim Cartaxo, arquiteto, mestre em planejamento urbano e regional e 1° vice-presidente do PT Ceará. 
A prefeita Luizianne Lins vem sendo alvo de uma campanha ferrenha à sua gestão e de desconstituição da sua imagem pública em que os ataques ultrapassaram a política e apontam para questões de natureza pessoal. Constata-se isso, por exemplo, na matéria “Grupo de oposição define estratégia” publicada no Diário do Nordeste em sua edição do dia 07/04 que divulgou como irá agir esse grupo formado por vereadores de Fortaleza e deputados estaduais do PSDB, PDT, PHS e de outras siglas de menor relevância. Sem reservas declaram que vão realizar mobilizações contra a Prefeita Luizianne Lins. Pretendem se reunir quinzenalmente para “uniformizarem seus discursos” e planejarem suas ações. Programaram realizar um diagnóstico de todos os setores da administração e visitas a locais da cidade para colherem informações sobre as possíveis falhas do governo municipal.
Os ataques desse grupo são retóricos, sem elementos concretos e têm objetivo meramente eleitoreiro. Utilizam-se de questões pontuais e tentam transformá-las em algo generalizado com a intenção de produzir um senso comum de que a cidade está um caos administrativo. Lançam mão do surrado artifício de tentar substituir o todo pela parte. Esse discurso tende a sensibilizar os setores de alta renda da sociedade que não aventam qualquer hipótese de utilizar a rede pública municipal de saúde, de educação ou o sistema de transporte público da cidade, por exemplo. Ações e projetos nessas áreas não atendem aos interesses desse segmento social, mas atendem às necessidades e anseios das camadas populares que são a maioria da população.
Os ataques pessoais à prefeita Luizianne têm o objetivo de tentar eliminá-la de sua posição de maior liderança popular de esquerda do Ceará. Tendo em vista que esse poder foi construído a partir de seus combativos mandatos de vereadora e deputada em defesa dos setores mais pobres da sociedade, bem como de seu mandato de prefeita, eleita contra tudo e todos em 2004 e reeleita no primeiro turno em 2008, que prioriza também esses setores. Para as forças conservadores – à esquerda e à direita – a prefeita Luizianne incomoda política e ideologicamente. É uma pedra no caminho que precisa ser dinamitada; farão de tudo para impedir que ela eleja seu sucessor e não toleram a hipótese de que ela possa vir a disputar o governo do estado em 2014; o que é uma opção competitiva e com forte apoio do PT.
Causa desespero, a essas forças, o fato do PT administrar Fortaleza, o principal pólo irradiador da geopolítica estadual em que a cidade se destaca por sua posição de terceira metrópole do país em influência, segundo o IBGE; o fato de congregar 1/3 da população total do estado e o maior colégio eleitoral; por concentrar 65% do Produto Interno Bruto (PIB) e, consequentemente, ser o maior centro econômico, financeiro e gerador de emprego do estado. Esses aspectos socioeconômicos marcam a centralidade de Fortaleza e revelam que um projeto para o Ceará necessariamente passa pela capital.
Para além da disputa eleitoral, à influência socioeconômica estadual e regional de Fortaleza soma-se a condição de mais importante território de disputa de hegemonia política do Ceará. Portanto, o lugar onde ocorrem, com maior grau de acirramento, as disputas das oportunidades e a administração das contradições políticas e ideológicas do projeto democrático e popular em implantação no Brasil, no Ceará e em Fortaleza.
Tal projeto que se inicia no plano federal em 2003 com o presidente Lula; no ano de 2005 em Fortaleza com Luizianne Lins, reeleita em 2008, e em 2007 com Cid Gomes no Ceará, reeleito em 2010. Portanto, a partir de 2007, há uma conjunção dos governos federal, estadual e municipal em torno de um mesmo projeto político que agrega forças progressistas, populares e socialistas do país, organizadas partidariamente no PT, no PSB, no PCdoB e no PMDB que em escalas e dinâmicas diferenciadas se opunham ao projeto neoliberal do PSDB/DEM e que governou o Brasil de 1995 a 2002.
Diante disso, as forças conservadoras da capital e do estado movimentam-se com o objetivo de antecipar a disputa eleitoral de 2012, quando ainda falta mais de um ano e meio de gestão, e, dessa forma, produzir nomes que as unam para enfrentar o candidato da prefeita e do campo democrático-popular. Incomoda também a essas forças a inversão de prioridades do modo petista de governar que foi implantada na gestão Luizianne Lins, comprovada pelas cifras. Em 2010, as despesas efetivamente pagas somaram um total de R$ 3.150.857.676,87, do qual 71% foram gastos em saúde, educação, urbanismo e previdência social; saúde e educação consumiram 52% desse total.
O PT, por ser o partido preferido por mais de 40% da população de Fortaleza aborrece também as forças conservadoras. Assim, a força da militância do PT, a liderança e o carisma da prefeita Luizianne Lins e o modo de governar Fortaleza, priorizando ações e projetos para a maioria da população, somados, constituem um forte aparato político para manter coesas as forças socialistas, populares e progressistas que constituem o campo democrático e popular. A coesão dessas forças possui arranjos ideológicos, combinações políticas e é decisiva para se alcançar a vitória nas eleições de 2012 e preparar a sucessão do governador Cid Gomes em 2014, aprofundando as transformações socioeconômicas em desenvolvimento na cidade em consonância com os governos estadual e federal.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Obrigada Fortaleza!

           
Sou mais um caso de êxodo rural. Em tempo algum reneguei minhas origens de cabocla do Retiro, distrito de Itapagé, e hoje Tejuçuoca. Me considero privilegiada por ser Tejuçuoquense, Itapageense e Fortalezense. Saí de minha terra e aqui aportei em 1979 para estudar no Colégio Redentorista e morei na Parquelândia até 1982, quando já universitária fui morar no Benfica.
Foi nesta cidade de contrastes onde pude desfrutar da alegria de viver desse povo acolhedor, celebrativo e combativo. Na época existiam duas universidades públicas UFC e UECE e apenas uma particular, a UNIFOR onde me graduei em Fisioterapia.
Acompanhei o crescimento desordenado, o aumento das desigualdades sociais e da violência, mas tive o prazer de ver e aprender com esse povo a disposição para a luta e a rebeldia. O lado jocoso e a vocação para o humor também me chamou a atenção, pois nos anos 80 ouvia um programa na rádio O POVO que fazia paródia com os buracos da cidade, salvo engano era com o Cláudio Pinheiro.
Em 1989 me casei e vim morar no “distrito simpático” Parangaba. Meu marido e minhas duas filhas apenas me tornaram de direito o que eu já me considerava de fato, ser fortalezense.
Nestes 21 anos, as mudanças foram muitas. Fortaleza “inchou”, pois, como eu, muitos vieram para essa cidade. Por muito tempo minha vida se reduziu ao condomínio na Parangaba, a Parquelândia onde tenho parentes e a Aldeota-Meireles-Edson Queiroz onde também tenho parentes e opções de lazer.
Certa vez fui ao centro com uma filha e uma amiguinha e qual não foi a surpresa quando a mesma ao ver uma pessoa conhecida, falou: - Que mico, fui vista no Centro! Nesse momento percebi o quanto minhas filhas estavam crescendo sem conhecer Fortaleza e resolvi mudar o rumo. Procurei freqüentar o menos possível os shoppings e busquei diversificar as opções de entretenimento.
Hoje as duas são estudantes da UECE, andam de ônibus, participam de eventos públicos, interagem com a cidade como a maioria dos seus moradores.Eu ainda ajudo a “engarrafar” o trânsito ao priorizar o carro, mas pretendo vencer o medo e utilizar mais ônibus e bicicleta. Aguardo o funcionamento do metrô e estou trabalhando próximo de casa para evitar maiores problemas de mobilidade.
De uma família de quatro irmãos, somente eu me radiquei definitivamente nesta cidade que me acolheu de braços abertos, e foi em Fortaleza onde vivi e vivo o melhor de mim, afinal aqui cheguei no início da adolescência cheia de sonhos e foi aqui que realizei muitos deles.
Amo esta cidade e é aqui que desejo viver. Gosto de viajar e mais ainda de sentir que sempre estarei de volta para a bela e querida Fortaleza.
#fortaleza285anos Parabéns Fortaleza!

Alexandrina Mota

Waldonys - A mais bela

FORTALEZA BELEZA (UM CANTO DE AMOR À)

QUINTETO AGRESTE FORTALEZA MEU XODÓ2.avi

FORTALEZA Diassis Martins