terça-feira, 23 de dezembro de 2014

FMFi (femefi) - Fórum de Mulheres no Fisco com argentinos na UNEAC - Unión de Escritores y Artistas de Cuba

Em nossa visita a Cuba, FMFi reúne com UNEAC em Havana. Tivemos o privilégio de conhecer a UNEAC - Unión de Escritores y Artistas de Cuba.
A União Nacional de Escritores e Artistas de Cuba ( UNEAC ) é uma organização social para fins culturais e artísticas , com Status Consultivo junto ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas , com personalidade jurídica própria e plena capacidade jurídica , os grupos atuam de forma voluntária e seguindo o princípio da seletividade (com base no currículo artístico ) para Escritores e Artistas de Cuba.

Entre os objetivos da UNEAC está " Participar da defesa da humanidade , da diversidade cultural, da integração da América Latina e do Caribe e combater à canalização e mercantilização da cultura e da arte”

Além do nosso encontro com a diretoria de cultura comunitária da UNEAC, participamos de um encontro com Federação de Mulheres Cubanas, UNEAC e FMFi.
Durante nossa visita um grupo de artistas argentinos fez uma emocionante apresentação.
Neste vídeo registramos esses momentos inesquecíveis.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Cuba Musical

Enfim, realizei um sonho acalentado desde a adolescência: conhecer Cuba.

A musicalidade do povo cubano é impressionante!
O primeiro Mojito foi no Restaurante dos Hermanos acompanhado com boa música.
Clássico e agradável; decorado por fotos históricas de visitantes famosos e Havana século XX. Tradicional Bar e Restaurante dos Hermanos, desfrutamos dos mojitos de muito boa qualidade.

La Bodeguita del médio, é o bar e restaurante cubano, notório como ponto turístico e famoso pelo mojito de excelente qualidade. Paredes repletas de escritos e assinaturas de seus visitantes, é parada obrigatória para os turistas por ser um ícone.


Em Santa Clara, cidade onde estão os restos mortais de Che Guevara, ouvimos lindos boleros e tomamos daiquiri. No Factoria Plaza Vieja (Cervezas y maltas) tomamos cerveja Cristal ao som de salsa.

Havana respira música. Muito bom estar em Habana Vieja e desfrutar dos ritmos e sons caribenhos. Amei!

sábado, 6 de dezembro de 2014

A MULHER NA POLÍTICA


Há poucos dias li o livro “Discurso político no folheto de cordel”. A professora Claudia Rejanne Pinheiro Grangeiro analisou o discurso religioso e o discurso sobre a mulher candidata Íris Tavares (PT) contidos em folhetos de cordéis que marcaram a campanha política de Juazeiro do Norte-CE em 2000.

Qualquer semelhança com o que ocorreu na campanha com a presidenta Dilma Rousseff em 2014 não é mera coincidência... só lembrarmos que Maria Luiza Fontenele CE, Luiza Erundina SP, Marta Suplicy SP, Ana Júlia PA, Luizianne Lins CE e outras mais que foram vitimas do mesmo processo de desqualificação.

Esse livro me levou a refletir através da análise do discurso político religioso e sobre a mulher, realizada pela autora Cláudia Rejanne, em especial sobre a mulher candidata.


Impressiona como a fórmula de desqualificação se repete; seja na xilogravura do cordel que atacava Iris, seja nas charges contra Dilma, um dos métodos utilizado é a derrisão onde ridiculariza através do humor agressivo, além das diversas manifestações explícitas de intolerância, preconceito e ódio.

O discurso ideológico misógino (o incômodo com a palavra presidenta), anticomunista (as citações com URSS que nem existe mais), além das injúrias e insultos (xingamentos de vaca, anta...etc) relacionam-se entre si num processo ininterrupto de desconstrução inclusive após as eleições com Dilma vitoriosa por escolha do povo brasileiro.

A perseguição relacionada a aparência física ou ao “jeito de andar” tachando de não ser feminina, associa a gordofobia e machismo, a lesbofobia para ofendê-la.

O tom desrespeitoso e irônico do candidato adversário (Aécio) chamando-a de mentirosa e leviana, em tom intimidador nos debates durante a campanha e a incitação ao ódio nas intervenções no Congresso Nacional pós-eleições nos deixaram cientes da luta diuturna a ser travada.

Nós, mulheres cearenses, nordestinas, brasileiras que acreditamos num país livre do machismo, da misoginia, da violência contra a mulher e do ódio, fazemos eco a Marcha Mundial das Mulheres: “Seguiremos em marcha até que sejamos livres”