segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lula é eleito personalidade do ano pela revista Vida Imobiliária



O conselho editorial da Revista Vida Imobiliária elegeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Rodobens Negócios Imobiliários, Eduardo Gorayeb, como Personalidade do Ano, na primeira edição da premiação.

Lula foi escolhido como Personalidade Pública, por sua contribuição ao extraordinário crescimento da indústria imobiliária e pela criação e condução do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Já Gorayeb, como Personalidade Empresarial, foi eleito em razão de a Rodobens Negócios Imobiliários ser uma das empresas que mais fez lançamentos no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida.

O jantar de premiação, marcado para o dia 25 de julho de 2011, segunda-feira, 19:00, será no Clube Atlético Monte Líbano, na capital paulista.

Sobre o Prêmio

Em sintonia com o atual momento do mercado imobiliário nacional, a revista Vida Imobiliária instituiu o Prêmio Personalidade Vida Imobiliária. O objetivo do prêmio, que tem duas categorias (Pública e Empresarial), é laurear aqueles que se destacaram pelos relevantes serviços ao setor imobiliário e à construção civil. Contando com um júri formado pelos membros do Conselho Editorial da Revista Vida Imobiliária, presidido pelo engenheiro Romeu Chap Chap, a votação indicou os dois vencedores.

Para mais informações:Assessoria do prêmio Vida Imobiliária Elenita Fogaça Comunicação

Fonte:José Chrispiniano

domingo, 24 de julho de 2011

Adriana Calcanhotto -- Mulher Sem Razão - Clipe


Mulher Sem Razão
Adriana Calcanhotto
Composição: Bebel Gilberto / Cazuza / Dé Palmeira
Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou
Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou
Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som
Dos meus toques pra você mudar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio
Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dê um pouco de atenção
Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não dá em nada
É uma festa na prisão
Nosso tempo é bom
E nem vemos de montão
Deixa eu te levar então
Pra onde eu sei que a gente vai brilhar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Dr Real e a Insegurança Jurídica


Há dias conversando com um vereador do interior do Ceará ouvi a seguinte frase que me deixou intrigada: “Advogado bom é o Dr. Real”. Indaguei porque esta afirmação. Prontamente ele falou que “a moda” do momento é candidato derrotado que utiliza das mesmas práticas, pedir a cassação do eleito, ocasionando ações judiciais que geram um mercado promissor para os envolvidos no direito eleitoral. Ouvi insinuações de prevaricação, desvios éticos e morais de advogados e de pessoas que deveriam defender a lei que me deixaram envergonhada.
A aplicação da Lei da Ficha Limpa foi decepcionante. A princípio os corruptos do país seriam inelegíveis, porém houve uma mistura de “alhos” com “bugalhos”, onde gestores com atecnias foram nivelados aos corruptos useiros e vezeiros na arte de roubar dinheiro público.
A diferenciação na aplicação dessa lei nas diferentes unidades da federação e a rigidez com que a mesma foi aplicada no Ceará e a grande divergência da interpretação eleitoral deixou uma sensação de insegurança jurídica que persiste até hoje.
Anteriormente já havia o impedimento do troca-troca de partido que acabou virando samba do crioulo doido. Alguns mudaram de partido e perderam o mandato, outros fizeram o mesmo e não sofreram nenhuma sanção. Essa pluralidade na aplicação da lei tornou-a injusta e débil causando descrédito e frustrando os anseios da população.
Alguns foram prejudicados por constarem seus nomes na Ficha Suja e depois de perda significativa no processo eleitoral foram julgados inocentes. Outros, mesmo com todas as provas e condenações, julgados inelegíveis, foram anistiados e assumiram mandatos.
São comuns campanhas milionárias inclusive em municípios muito pequenos e pobres e é intrigante ver candidatos que gastaram muito e foram derrotados se armar de pequenos fatos para na justiça derrubar o vencedor. Está em curso a indústria de cassação de mandatos e é aí que entra o tal Dr. $Real. Hoje a classe política através do Legislativo e Executivo está muito desacreditada e infelizmente o Poder Judiciário e órgãos fiscalizadores não tem conduta diferenciada, haja visto os fatos referentes aos mesmos nestes últimos anos. Práticas condenáveis que se perpetuam como financiamento ilegal de campanhas e flexibilidade nas normas e regras eleitorais geram muita insegurança jurídica.
É urgente, o Brasil necessita de Reforma Política.

Lula recebe três títulos de Doutor Honoris Causa em Pernambuco

Três universidades pernambucanas outorgaram títulos de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (22). As deferências foram feitas pela Universidade de Pernambuco (UPE), pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Durante a cerimônia, que ocorreu no teatro Santa Isabel, em Recife, Lula se revelou emocionado. “Vocês não podem imaginar o que ele significa para um pernambucano retirante como eu, que não teve as oportunidades escolares que todo jovem deveria ter, mas que sempre acreditou no potencial libertador da educação”, disse.
O título de Doutor Honoris Causa é concedido por universidades a pessoas eminentes, que não necessariamente sejam portadoras de diploma universitário, mas que tenham se destacado em determinada área por sua boa reputação, virtude, mérito ou ações de serviço que transcendam famílias, pessoas ou instituições.
Com os três títulos recebidos nesta sexta-feira, Lula completa cinco Honoris Causa. O primeiro foi outorgado em janeiro pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Em março, mais um diploma foi concedido pela Universidade de Coimbra, em Portugal.
Reconhecimento
No documento que justifica a concessão do título, a UFPE destaca: “Com sua travessia política persistente e com o olhar voltado para o coletivo, Lula protagoniza uma ação instituinte na construção de alternativas para o nosso País, na reformulação de projetos, na comunicação dos saberes, dialogando com as experiências da vida, ressignificando a própria história nacional.”
Em nota divulgada pela UFRPE, o reitor Valmar Corrêa de Andrade diz que o título outorgado reconhece “o valor deste mérito ao cidadão pernambucano que, com hombridade e competência soube reconstruir com honradez um novo Brasil.”
Na UPE, a decisão de homenagear Lula foi aprovada por unanimidade no Conselho de Gestão Acadêmico e Administrativo do campus da instituição em Garanhuns.
Fonte: Instituto Cidadania

sábado, 16 de julho de 2011

Saúde do Homem

Dia do Homem – 15 de julho

Estudos comparativos, entre homens e mulheres, têm comprovado que homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, a cada três mortes de pessoas adultas (20 a 59 anos), duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm maior incidência de doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada.

Masculino e feminino são modelos culturais de gênero que convivem no imaginário dos homens e das mulheres. Os homens não buscam como as mulheres, os serviços de saúde contribuindo para o aumento da incidência de doenças e de mortalidade. A resistência masculina a aderir aos tratamentos crônicos e de longa duração e a necessidade de mudanças comportamentais é fato.
Os estereótipos de gênero, baseados em crenças e valores do que é ser masculino, considera a doença um sinal de fragilidade e o homem julga-se invulnerável o que acaba por contribuir para que ele cuide menos de si mesmo e se exponha mais as situações de violência e risco para a saúde, cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer.
A posição de provedor e a preocupação com a atividade laboral constituem em muitos casos barreira importante. Em nossa sociedade o “cuidado” é papel considerado como sendo feminino e as mulheres são educadas, desde muito cedo, para desempenhar e se responsabilizar por este papel.

O homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como vítima. A agressividade está associada ao sexo masculino e, em grande parte vinculada ao uso abusivo de álcool, de drogas e ao acesso as armas de fogo. Sob o ponto de vista sociocultural, a violência é uma forma social de poder que fragiliza a própria pessoa que a pratica. A banalização seja no âmbito público ou doméstico faz com que comportamentos violentos nem sejam percebidos como tais, quer se trate de violência entre homens, ou contra mulheres.

Acidentes, agressões, lesões, suicídios, bem como uso de drogas, alcoolismo e tabagismo, são situações comuns aos homens predispondo-os aos agravos à saúde. Tumores ou cânceres oriundos dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário também são frequentes. O câncer da próstata geralmente apresenta evolução muito lenta, de modo que a mortalidade poderá ser evitada quando o processo é diagnosticado e tratado precocemente. Na maioria das vezes, os homens recorrem aos serviços de saúde apenas quando a doença está mais avançada, gerando maior custo e, sobretudo, sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família.
Na velhice, os homens são confrontados com a própria vulnerabilidade quando procuram ajuda médica diante de quadros irreversíveis de adoecimento por não terem se prevenido ou tratado precocemente as enfermidades.

Um novo padrão comportamental focado no bem-estar e melhoria da qualidade de vida dos homens com prevenção e tratamento dos agravos e das enfermidades se faz premente. Planejamento reprodutivo masculino, inclusive assistência à infertilidade, enfocando a paternidade não somente como uma obrigação legal, mas, sobretudo um direito do homem de participar de todo o processo. Incentivar uso do preservativo com dupla proteção (gravidez inoportuna e DST/AIDS), maior atenção às disfunções sexuais masculinas e controle das doenças sexualmente transmissíveis são atitudes a serem estimuladas.

O direito a procedimentos urológicos, planejamento familiar, vasectomia, exames periódicos, vacinas e demais práticas preventivas são tão importantes quanto alimentação saudável e prática de atividade física e deve ser perseguido.

Mobilizar a população masculina brasileira para garantir seu direito social à saúde é um desafio.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Il Divo - Adagio

Composição: Tomaso Albinoni / Remo Giazotto

Lula terá atividades divulgadas em site do Instituto cidadania

INSTITUTO CIDADANIA LANÇA SITE PARA ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES DO EX-PRESIDENTE LULA

O Instituto Cidadania lançou nesta sexta-feira (15) um site para divulgar as atividades e projetos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disponível no endereço www.icidadania.org, o site entra no ar com mais de 50 notícias, além de vídeos, fotos e discursos na íntegra. Sediado em São Paulo, o Instituto Cidadania foi onde Lula debateu e elaborou com toda a sociedade propostas de políticas públicas antes de ser eleito presidente em 2002. Hoje, ao sair da presidência, é o espaço onde está sendo criado o Instituto Lula, voltado para causas políticas e sociais no Brasil, África e América Latina.
“O Brasil vive um momento de ouro, continua vivendo um momento extraordinário, e eu espero poder conversar com vocês daqui para frente neste pequeno espaço.”, afirma Lula no vídeo.

Veja, abaixo, uma mensagem do ex-presidente para dar boas-vindas aos internautas:

http://www.icidadania.org/2011/07/lula-da-boas-vindas-aos-internautas/

Assim como o momento atual do instituto, o site é apenas o começo de novas iniciativas políticas e de comunicação.
“[Vamos] tentar trabalhar a questão da integração, tentar trabalhar as experiências de políticas sociais bem-sucedidas. Não que a gente vá querer ensinar aos outros o que eles têm que fazer, porque isso não deu certo em lugar nenhum do mundo. O que queremos é mostrar como fizemos as coisas no Brasil e, quem sabe, adequando à realidade deles, com a vontade cultural deles, com a vontade política deles, isso possa ser aplicado em outros países”, diz o ex-presidente.

Todas as informações divulgadas no site Instituto Cidadania são licenciadas sob Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil, que permite a reprodução do conteúdo desde que seja citada a fonte. São exceções a essa licença apenas as informações reproduzidas de outras fontes.

Acesse o site do Instituto Cidadania:
http://www.icidadania.org

Assista ao vídeo em que Lula comenta o lançamento do site:
http://www.icidadania.org/2011/07/lula-da-boas-vindas-aos-internautas/
Saiba mais sobre o instituto:
http://www.icidadania.org/historia/

José Chrispiniano
Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Italo e Renno - 30 Cearenses mais influentes 2011


A dupla de sanfoneiros cearenses, Italo e Renno, foi homenageada com o troféu "OS 30 CEARENSES MAIS INFLUENTES", oferecido pela OMNI EDITORA e Revista Fale!.

Italo e Renno entre as 30 personalidades cearenses mais influentes de 2011

A dupla de sanfoneiros cearenses, Italo e Renno, foi homenageada com o troféu “OS 30 CEARENSES MAIS INFLUENTES", oferecido pela OMNI EDITORA e Revista Fale!. A lista foi formada com base em critérios de influência e votação online. Os homenageados foram divididos em seis categorias. Italo e Renno receberam o prêmio na categoria Artistas e Intelectuais, ao lado do mestre e amigo Raimundo Fagner. A lista foi composta por outros nomes de peso, como o Governador Cid Ferreira Gomes, a prefeita de Fortaleza Luizianne Lins, o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Acrisio Sena, Maria da Penha e muitos outros cearenses de tamanha influência e importância.
Confira a lista completa dos 30 cearenses mais influentes no site da Revista Fale!

"Dedicamos este prêmio a todos os profissionais de música do Ceará, que com talento e respeito, utilizam sua arte a serviço do povo". (Ítalo)
“Agradecemos de coração a todo o povo cearense pelo apoio e estímulo incondicionais à nossa música". (Renno)

Depois de uma turnê de São João por todo o nordeste e um prêmio desse porte, a dupla Italo e Renno continua com a agenda cheia e com projetos futuros que levarão a música cearense cada vez mais longe!

Agradecemos o carinho de todos.
Abraços musicais,
Alfredo Netto

ITALO e RENNO
Terra da Luz Produções
(85) 9979.9009

Visitar: www.italoerenno.com.br
Seguir: @italoerenno
Curtir: facebook.com/italo.renno

terça-feira, 12 de julho de 2011

NEY MATOGROSSO - Balada do Louco



Dizem que sou louco por pensar assim Se eu sou muito louco por eu ser feliz Mas louco é quem me diz E não é feliz, não é feliz...

domingo, 10 de julho de 2011

ASSOCIAÇÃO CEARENSE DO FORRÓ

A Associação Cearense do Forró é uma contribuição para a cultura cearense, dos forrozeiros, músicos e produtores que estão nesse nicho do forró tradicional e popular. Um fórum criado em novembro de 2009, pelos forrozeiros para apreciação conjunta de propostas, projetos e ações públicas referentes à divulgação e fortalecimento do forró no Ceará e surgiu no cenário cultural do Estado para demarcar um importante território: criar, fomentar e produzir eventos ligados e direcionados ao forró, articulando, através de pesquisas, estudos, projetos culturais, sociais e educacionais, ações que contribuam com a valorização do forró no Ceará.
No Dia 13 de dezembro de 2009, na Praia de Iracema, comemoramos o Dia Nacional do Forró com os companheiros da Associação homenageando com um show, o imortal mestre Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, na data de seu nascimento. Esta data comemorativa foi originada por um projeto de lei da deputada Luiza Erundina e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
ADELSON VIANA e NETINHO DO CEARÁ, famosos acordeonistas, CACIMBA DE ALUÁ com o violonista MANASSÉS, KBRAS DA PESTE, TOM CANHOTO, DIASSIS MARTINS, MESSIAS HOLANDA contagiando com o”o pé de côco) e OS MANEIROS participando da festa no ritmo envolvente do forró autêntico.
Eu (Alexandrina), Bob Araújo, Neo Pineo e Walter Medeiros, presidente da Associação, nos bastidores, participando da festa.
Em 24 de junho de 2010 foi um dia histórico, festa de lançamento da Associação Cearense do Forró, uma espécie de ‘sanfonia’, abraçando a Praça do Ferreira, no centro de Fortaleza. Um encontro de várias gerações: FELIPE, o menino sanfoneiro, o veterano ZÉ DE MANU e ESTRELA DO NORTE, músicos como ADELSON VIANA, ÍTALO E RENNO, NETINHO DO CEARÁ, além de MESSIAS HOLANDA, lendário forrozeiro, presidente de honra da Associação. Esse encontro caracterizou a Associação como símbolo da polifonia de vozes, diversidade de timbres, estilos e formações musicais.
Sanfoneiros exímios, intérpretes, difundindo o estilo de Luiz Gonzaga... Foram muitas entrevistas, sempre valorizando o forró, gênero autenticamente nordestino.
Em setembro de 2010, a deputada Rachel Marques, juntamente com a Associação Cearense do Forró, homenageou um filho ilustre do sertão nordestino, ícone da Música Popular Brasileira: o cantor e compositor Luiz Gonzaga, pelos 21 Anos de Saudade e sua relação com o Ceará.
Na mesa, o presidente da Associação Cearense do Forró, Walter Medeiros.
A dupla Ítalo e Renno abriu a Sessão executando o Hino Nacional e Adelson Viana, coordenou a execução das músicas "Baião" de Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira e "Asa Branca" de Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira por um grupo de sanfoneiros e ao final da sessão tocou e cantou o hino do Ceará.
Foram homenageados: REGINALDO SILVA, WALDONYS, DILSON PINHEIRO, PADRE GOTARDO (representado por Eurídes) e ZÉ DE MANÚ.
A música "Tem Pouca Diferença" de Jackson do Pandeiro, gravada por Gonzagão e Gal Costa, foi executada por Vanin do Acordeon e Nicinha do Acordeon.
Foi uma honra para a Associação Cearense do Forró e para a deputada Rachel Marques, homenagear um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, considerado uma instituição da música popular brasileira, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções, “o rei do baião”, “o mestre Lua”, filho de Januário, pai de Gonzaguinha, ou simplesmente, Luiz Gonzaga.
Essa sessão solene com participação da Associação Cearense do Forró com seus sanfoneiros exímios, intérpretes, produtores e divulgadores do estilo de Luiz Gonzaga, foi mais uma de tantas ações que pautam o cotidiano desta entidade com entrevistas e eventos sempre valorizando o forró, gênero autenticamente nordestino.

BEL LIMA E ADELSON VIANA E SUAS SANFONAS



Linda homenagem a Luiz Gonzaga. Adelson Viana prestigiando o show "Bel Lima 10 anos canta Luiz" no Encanta Nordeste.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Breve história do forró

Por Walmyr Castro

“É certo que o ritmo nasceu no Nordeste e foi apresentado ao sul do país por Luiz Gonzaga nos anos 40. Mas quando, onde e como ele apareceu lá no sertão ainda é, de certo modo, um mistério que vem dividindo muitos estudiosos e músicos.”

A versão dada pelo historiador e pesquisador da cultura popular Luís da Câmara Cascudo diz que a origem da palavra é o termo “forrobodó”. E esta tem algumas origens possíveis: farrobodó, farrundum e o termo oriundo do galego forbodo pelo francês fauxbourdon (falso bordão) entre outras. Os bailes eram chamados de “forrobodó” e com o tempo, por ser mais fácil pronunciar, simplesmente “forró”.
Outra versão viria do termo for all (para todos), afixados na entrada do baile de inauguração (ao som da zabumba e sanfona) da primeira estrada de ferro construída em Pernambuco pela companhia inglesa Great Western. Não há nenhuma sustentação para tal etimologia do termo, pois em 1937, cinco anos antes da instalação dos ingleses, a palavra “forró” já se encontrava registrada na história musical através da gravação fonográfica de “Forró na roça”.
A canção foi composta por Xerêm e Manoel Queiroz, gravada em 02 de julho de 1937 por Dão Xerém, Tapuya e sua Tribu na “Victor 34.222-b” (posteriormente RCA-Victor e BMG) e lançada no suplemento de outubro do mesmo ano. Este foi o primeiro disco a constar uma música instrumental com sonoplastia com ruídos diversos, algumas falas ao fundo e no título a palavra “forró”. Irmãos cearenses de Baturité, Xerém ou Dão Xerém chamava-se Pedro de Alcântara e Tapuia era Nadir Alcântara, “Sua Tribo” se apresentava com violão, cavaquinho, gaita de boca, cuíca, pandeiro e côro.
A EVOLUÇÃO DO SIGNIFICADO
Não é de agora a preocupação com a manipulação da mídia em relação ao forró.
No ano de 1974, Jackson do Pandeiro denunciava, em LP editado pela “Abril Cultural”, a situação de seu trabalho ao comentar: Mesmo com a perseguição da música estrangeira eu aguentei a barra durante doze (12) anos, eu e Luiz Gonzaga. Nunca parei de fazer gravações mesmo com a perseguição do iê iê iê. Comenta-se que o surgimento do iê iê iê causou a necessidade de apressar o “Baião” gerando o “Forró”.
Quando Jackson do Pandeiro lançou o disco “Isso é que é forró” (a palavra forró refere-se à festa), o repórter José Ramos Tinhorão comentou: Jackson do Pandeiro está oferecendo uma demonstração de força e atualidade que deve dar o que pensar aos que se entregam tão depressa, sem luta, às imposições da máquina responsável pelas modas musicais destinadas a um público manipulado. Hoje nós passamos pelas mesmas dificuldades. O que tem se apresentado atualmente na mídia está muito distante do verdadeiro forró. Alguns temas distorcem o significado do forró e nos levam a uma reflexão:Comportamentos destituídos de valores éticos e morais que causam um enorme prejuízo à cultura musical nordestina e à sociedade: Apologia ao alcoolismo, Misoginia moral, machismo e dominação sexual.
No “Domingão do Faustão” da Rede Globo no concurso “Dança dos Famosos” cujo ritmo seria o forró, apresentaram-se “xotes metalizados” com letras de MPB sem identificação alguma com o forró, vanerão, xote reggae, etc. E o forró? Onde está o ritmo forró? O ritmo é a pulsação da música. Atualmente o forró está passando por grandes transformações em relação a sua originalidade com o surgimento de propostas musicais divergentes, influências rítmicas não nordestinas e novos grupos amplamente explorados na mídia que distorcem o real significado do forró.
O ritmo é a pulsação da música. O que estão chamando de “forró pé de serra” ou “forró universitário” é “xote”. O que chamam de “forró eletrônico” é vanerão. Posso até dizer que o forró do gaúcho é o vanerão, mas nunca posso afirmar que vanerão é forró. É preciso discernir ritmo de gênero musical para que o povo entenda o valor cultural ao invés de aceitar a manipulação dos interessados apenas em dinheiro.
A preocupação é que essa música travestida de forró caracterizada pela metaleira sem ênfase à sanfona e pela descaracterização do ritmo e da dança passe a servir de referencial para as nossas manifestações culturais. O forró é o alicerce de várias delas no nordeste do Brasil e em particular no Cariri, tais como: grupos de pau de fita, reisado de congos, côco, manero pau, bandas cabaçais, xaxado, lampinha, penitentes, excelência e outros.
As primeiras festas de Luiz Gonzaga, maior divulgador do forró em todos os tempos, foram na feira do Crato junto com Januário na década de 20. O Crato é conhecida como Capital da Cultura, Princesa do Cariri e Oasis do sertão. Sem esquecer que é a terra onde nasceu Padre Cícero. A palavra é de Xerêm, o ritmo é de Gonzaga e o bem cultural (Patrimônio intelectual e imaterial) é do povo brasileiro.

walmyrcastro@hotmail.com Fones: (85) 8615.6000 – (85) 9911.3733

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Bolsa Família

Durante todo o mês de junho acompanhei as condicionalidades de saúde dos beneficiários do Bolsa Família na área de adscrição do NASF 32 (Núcleo de Apoio a Saúde da Família). Atendi 200 famílias e foram momentos muito ricos onde pude comprovar a grandeza desse programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza.
O Programa tem como objetivo assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a conquista da cidadania pela população mais vulnerável à fome.
Possui três eixos principais: transferência de renda, condicionalidades e programas complementares. A transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza. As condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social. Já os programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade.
As Condicionalidades são os compromissos assumidos tanto pelas famílias beneficiárias do Bolsa Família quanto pelo poder público para ampliar o acesso dessas famílias a seus direitos sociais básicos. Por um lado, as famílias devem assumir e cumprir esses compromissos para continuar recebendo o benefício. Por outro, as condicionalidades responsabilizam o poder público pela oferta dos serviços públicos de saúde, educação e assistência social.
Na área de saúde, as famílias beneficiárias assumem o compromisso de acompanhar o cartão de vacinação e o crescimento e desenvolvimento das crianças menores de 7 anos. As mulheres na faixa de 14 a 44 anos também devem fazer o acompanhamento e, se gestantes ou nutrizes (lactantes), devem realizar o pré-natal e o acompanhamento da sua saúde e do bebê.
Na educação, todas as crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos devem estar devidamente matriculados e com frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária. Já os estudantes entre 16 e 17 anos devem ter frequência de, no mínimo, 75%.
Na área de assistência social, crianças e adolescentes com até 15 anos em risco ou retiradas do trabalho infantil pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), devem participar dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Peti e obter frequência mínima de 85% da carga horária mensal.
O poder público deve fazer o acompanhamento gerencial para identificar os motivos do não cumprimento das condicionalidades. A partir daí, são implementadas ações de acompanhamento das famílias em descumprimento, consideradas em situação de maior vulnerabilidade social.
A família que encontra dificuldades em cumprir as condicionalidades deve, além de buscar orientações com o gestor municipal do Bolsa Família, procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) ou a equipe de assistência social do município. O objetivo é auxiliar a família a superar as dificuldades enfrentadas.
Esgotadas as chances de reverter o descumprimento das condicionalidades, a família pode ter o benefício do Bolsa Família bloqueado, suspenso ou até mesmo cancelado.
Acompanhar essas famílias foi muito prazeroso. O atendimento proporcionou abordar diversos olhares além da Imunização e do estado nutricional. Informações sobre direitos da mulher (prevenção, planejamento familiar, laqueadura, informações sobre DST/AIDS, etc), bem como sobre direitos sociais.
Tive o privilégio de comprovar a grandiosidade desse programa e seus benefícios e mais uma vez reverenciar o eterno presidente LULA pela coragem de priorizar o BOLSA FAMÍLIA como política de desenvolvimento bem como da presidenta DILMA que ao assumir o governo reajustou os valores dos benefícios.

domingo, 3 de julho de 2011

Sanfonas e sanfoneiros

Por Ana Miranda

O POVO, 02/07/2011

A oito baixos, que uns chamam de sanfona pé-de-bode, tem afinação diferente, bem nordestina


Só não toca quem não quer, diz o Hermeto. Mas um dia minha irmã trouxe uma sanfona para as crianças, e tentei tocar, acho que eu não queria, pois não saía nada, quando ia não voltava, quando voltava, desentoava. As crianças tentaram, saía uma coisa bonita e livre, uma nota de cada vez, só mesmo a irmã musicista para tirar melodias e acordes naquela sanfoninha rude, alegrando as manhãs da casa. É instrumento difícil, ainda mais a sanfona de oito baixos, por isso o Luiz Gonzaga cantava: Respeita os oito baixos do teu pai. A oito baixos, que uns chamam de sanfona pé-de-bode, tem afinação diferente, em dó, bem nordestina. Requer muita habilidade, os sanfoneiros quase todos começam a tocar na infância.
Luiz Gonzaga, com sua sanfona branca parecendo uma orquestra inteira, aprendeu com o pai Januário, lavrador, que tocava, afinava e consertava sanfonas. Ali na fazenda Caiçara, zona rural de Exu, no sopé da serra de Araripe, lado de lá, o menino Gonzaga começou sua arte de sanfoneiro, e veio cantando nossas tristezas, injustiças, nossas aves, cidades, o nosso sertão profundo. A sanfona se presta também à melancolia, alongando as notas, chorando, sufocando, aboiando. O Velho Lua cantou para todo o Brasil, quem não sabe acompanhar: Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de São João eu perguntei a Deus do Céu por que tamanha judiação...?

Também dos primeiros sanfoneiros é o grande Sivuca, paraibano de Itabaiano, que levou a sanfona para a classe alta dos instrumentos, mostrando sua amplitude e variedade sonora, a tocar em orquestras sinfônicas. Exímio instrumentista, ganhou uma sanfona do pai quando tinha nove anos de idade e no ano em que nasci, 1951, ele já fazia sucesso nacional interpretando “Tico-tico no fubá”, do Zequinha de Abreu. Chamado O Poeta do Som, levou a sanfona nordestina para o mundo.

Sivuca e Luiz Gonzaga são os pais de quase todos os sanfoneiros nordestinos, como o Dominguinhos, de Garanhuns, que inovou a execução ao instrumento, mas cujo coração se incendeia mesmo é quando toca o forró, a toada e o baião. Pais de Hermeto, alagoano de Lagoa da Canoa, onde menininho cortava talo de mamona de jerimum, fazia os furos e tocava aquele pífano para os passarinhos, e tocava fazendo barulhos com a água da lagoa, e que com sete para oito anos pegou a oito baixos de seu pai e não deixou mais. Do velho Azeitona, o Sanfoneiro Pesadinho, baiano radicado em Fortaleza, que contava ter ganho sua primeira sanfona de Luiz Gonzaga. E pais e avós de tantos sanfoneiros, como o Vanim do Acordeom, de Maranguape, Darlin do Acordeom, de Madalena, Adelson Viana, cearense muito ativo, que organizou uma orquestra de sanfonas; ou Luizinho, o paraibano mais cearense, que toca a pé-de-bode, e o Waldonys... tantos... Sei que acontece um festival de sanfonas no Limoeiro, terra do bom João Bandeira, onde escutei um menino sanfoneiro de quem nunca esqueci.

Problema sério são os “forrós de ônibus”, fazendo confusão com o gênero, que o Zé Calixto, craque nos oito baixos, diz não ser forró, mas lambada. Forró tem delicadeza e melodia, tem poesia, alpercata arrastando na poeira, tem cheiro de fogueira e fulô. Valia a pena um levantamento, um livro sobre os sanfoneiros de verdade, deve haver tantos exímios nas quebradas do sertão do Ceará... Não só sanfoneiro, como afinador, feito o mestre Vanutério, no Iguatu; Luiz Gonzaga afinava a sua com o mestre Vitor, que aprendeu com o antigo mestre Vanutério, e deixou sua arte para o mestre Francisco Chagas, que desmonta, mexe, conserta, encera o cavalete, reforma o fole, e afinal, afina, coisa que só consegue fazer quem tem ouvido de sanfoneiro e sanfoneiro foi, ou é.
 
O som da sanfona é antigo nas nossas vidas cearenses, ao menos na minha vida de criança cearense, quando na nossa casa da avenida Aquidabã soavam, despejadas daquele rádio antigo e chiado, quase se viam, as notas: Que beijinho doce, que ele tem, depois que beijei ele nunca mais amei ninguém... ou então: Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho, voou, voou, voou, voou, e a menina, que gostava tanto do bichinho, chorou, chorou, chorou, chorou; santa ingenuidade tocada na sanfona de Adelaide Chiozzo, paulista, mas cidadã cearense, acho que por motivo de haver soado nas nossas casas cearenses dos velhos anos 1950.

Vamos ouvir as nossas sanfonas boas, tocadas com sensibilidade, para enlevar, desafiar, fazer sonhar, para alegrar docemente nossas vidas cheias de dilemas. Para guardar nossa tradição sonora. Toque, sanfoneiro, toque!.